Preso neste domingo (24), por suspeita de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, o delegado ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, foi desligado da Universidade Estácio de Sá, onde era professor de direito.
![Delegado Rivaldo Barbosa foi preso por suspeita de planejar assassinato de Marielle Franco – Foto: Fernando Frazão](https://static.ndmais.com.br/2024/03/rivaldo-barbosa-fernando-frazao-1200-800x480.jpg)
Segundo seu perfil no LinkedIn, Rivaldo Barbosa era professor de direito desde 2003 e coordenador adjunto do curso desde 2022.
“A instituição informa que o professor não faz mais parte de seus quadros, e que já foram tomadas todas as medidas necessárias para sua substituição e para a continuidade das aulas. Reforçamos que nossa atuação é sempre pautada por princípios de ética, correção e não-violência e que a direção da unidade está sempre à disposição dos alunos para qualquer necessidade”, disse a universidade por meio de nota.
Rivaldo Barbosa preso junto a irmãos Brazão
Rivaldo Barbosa foi um dos três alvos presos por envolvimento com os assassinatos. Além do delegado, os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão também foram detidos. O primeiro é deputado federal pelo União Brasil do Rio de Janeiro, enquanto o segundo é conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro).
Os irmãos são acusados de serem os autores intelectuais do crime, que tirou a vida da ex-parlamentar e do motorista Anderson Gomes. Rivaldo, segundo a PF (Polícia Federal), teria planejado as execuções. Os mandados de prisão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
“E aqui se justifica a qualificação de Rivaldo como autor do delito, uma vez que, apesar de não ter o idealizado, ele foi o responsável por ter o controle do domínio final do fato, ao ter total ingerência sobre as mazelas inerentes à marcha da execução, sobretudo, com a imposição de condições e exigências”, disse a PF em relatório.
Palavra à família de Marielle
Na véspera das execuções de Marielle e Anderson, Rivaldo Barbosa assumiu o posto de chefe da Polícia Civil pela Intervenção Militar na Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Um dia após o assassinato, o delegado afirmou em entrevista, diante da família de Marielle Franco, que a polícia adotaria todas as medidas “possíveis e impossíveis” para dar uma resposta ao assassinato.
“Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia”, disse à época.
Apuração e expulsão de Chiquinho Brazão
O presidente do União Brasil Nacional, Antonio de Rueda, informou que pedirá a abertura de processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão, envolvido no caso.
Ele disse ainda que existe possibilidade de ocorrer a expulsão de Chiquinho e também o cancelamento de filiação partidária do deputado.
Mesmo filiado, o deputado já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma autorização para se desfiliar.
“O União Brasil reunirá a sua Comissão Executiva Nacional na próxima terça-feira, dia 26 de março. O Estatuto do Partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência”, disse Rueda em nota.
*Com informações da Agência Brasil e do portal R7
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