Já o ministro da Transição Ecológica, Christophe Béchu, celebra o feito “inédito” e que “deveria encorajar” ainda mais esforços. Para o governo, os dados são “a prova de que a planificação ecológica começa a surtir efeito”.
Colas Robert, do Citepa – uma associação independente e sem fins lucrativos que reúne especialistas imparciais envolvidos na proteção ambiental – após anos de crise por causa da Covid e da inflação, “começam a aparecer os efeitos cumulativos de esforços estruturais, com uma tendência linear de baixa” das emissões. Pela primeira vez, destaca a entidade, a redução de emissões foi registrada em todos os principais setores da economia (transporte, indústria, construção e energia).
O jornal Le Monde também destaca a diminuição multissetorial das emissões, sendo que a queda mais expressiva está no setor da energia. Segundo o diário, “fruto da produção nuclear da França”, mas também da “multiplicação de projetos de energia solar e hidráulica”.
Outro ponto marcante é a redução de 3% das emissões no setor de transportes, um dos mais poluentes e que só aumentava a sua participação no problema, há décadas. O único ponto negativo, diz a reportagem, são as emissões do setor aéreo (+ 21% para voos domésticos e + 27% para os internacionais).
Globalmente, as emissões de gases de efeito estufa diminuíram 29% na França no período entre 1990 e 2023, sendo que a redução desejada é de – 55% até 2030.