Bombeiros combatem 150 focos de incêndios no país da América do Norte Um fenômeno que era raro, mas que está se tornando cada vez mais comum, tem causado grande preocupação no norte do Canadá e até no Alasca (EUA). São os chamados “incêndios zumbis”.
As queimadas florestais permanecem ativas mesmo após o início do inverno no hemisfério Norte, com extensas faixas de fumaça emanando sob grossas camadas de neve.
Um estudo de 2021 feito a partir de imagens de satélites indicou que esses “incêndios zumbis” se tornaram mais comuns nas florestas árticas, provavelmente devido às mudanças climáticas. Embora estejamos no auge do inverno, a falta de neve este ano está agravando as condições de seca contínua, deixando os canadenses já se preparando para outra temporada brutal de incêndios florestais, contou a agência France Presse.
Imagens mostram ‘incêndios zumbis’ que ameaçam o Canadá no inverno
Mesmo em temperaturas bem baixas, bombeiros canadenses ainda trabalham arduamente no combate a quase 150 incêndios.
Erradicá-los é um trabalho árduo. Eles são difíceis de detectar e requerem uma raspagem profunda do solo para expor o húmus, ou todas as folhas decompostas e outros materiais vegetais compactados em uma camada de até 80 centímetros que queima lentamente.
Na Colúmbia Britânica, um número recorde de incêndios está ativo atualmente.
“Normalmente, nesta época do ano, podemos ter sete ou oito incêndios acesos, mas temos 91”, declarou Forrest Tower, porta-voz dos bombeiros na província mais ocidental do Canadá, que historicamente tem sido a região mais afetada pelos incêndios.
Os “incêndios zumbis” são especialmente temidos pelos bombeiros porque podem ressurgir como infernos violentos após o degelo da primavera.
Em 2023, o Canadá, o segundo maior país do mundo, viveu a pior temporada de incêndios da sua história. Mais de 18 milhões de hectares (180 mil quilômetros quadrados) de florestas e pastagens foram queimados e cerca de 200 mil pessoas foram deslocadas pelas chamas, enquanto a fumaça se espalhava pelos EUA e pela Europa.
Créditos: Portal Extra Esportes