![Ativista presa na Venezuela segue tendo o direito à ampla defesa impedido pelo regime chavista A ativista Rocío San Miguel Sosa, crítica do regime chavista, é acusada de terrorismo e conspiração para assassinar o ditador Nicolás Maduro](https://media.gazetadopovo.com.br/2024/02/12154406/f3196c271009e75a57f0be0137afa55391302bd4w-960x540.jpg)
A equipe de defesa da ativista
de direitos humanos Rocío San Miguel, detida desde o dia 9 de fevereiro na sede
do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) em Caracas, denunciou
que as autoridades do regime de Nicolás Maduro seguem impedindo que seus
advogados prestem juramento e assumam formalmente sua representação legal.
Segundo o advogado Joel García,
que faz parte da equipe de defesa de San Miguel, os prazos para recorrer da
decisão que a manteve presa e para solicitar diligências de investigação para
contestar a acusação do Ministério Público venezuelano estão se esgotando, mas
o tribunal que cuida do caso não permite que os advogados de confiança da
ativista sejam juramentados.
“Os prazos para exercer o
recurso de apelação e solicitar diligências de investigação para refutar a
acusação fiscal estão se esgotando, mas estão obstruindo a nomeação e a
prestação de juramento da defesa técnica, mantendo assim o acusado em total
indefensão”, escreveu García no X (antigo Twitter).
San Miguel é presidente da ONG
Control Ciudadano, que monitora as atividades das Forças Armadas e da segurança
na Venezuela. Ela foi presa no aeroporto de Maiquetía quando tentava sair do
país e acusada de participar de um suposto plano para conspirar contra a
ditadura de Maduro, plano este que já causou a prisão de diversos opositores do
regime chavista.
Segundo informações do site venezuelano Efecto Cocuyo, além de San Miguel, também foram detidos e posteriormente libertados com medidas cautelares sua filha Miranda Díaz San Miguel, seu ex-marido Víctor Díaz, dois irmãos e um ex-marido. Todos eles negam envolvimento em qualquer atividade ilícita ou subversiva.
Neste domingo (18) o advogado Garcia confirmou que San Miguel recebeu a primeira visita de sua filha na prisão, que relatou que sua mãe estava “fortalecida e confiante em sua inocência”. A ativista também teria confirmado que o regime não permite que ela escolha advogados de defesa de sua confiança.
Créditos Portal Gazeta do Povo. Leia no Site original Clicando Aqui