Hoje em desalinho com interesses comerciais da Federação, Vasco é bola da vez no jogo da corte Um árbitro fraco, numa equipe de arbitragem ruim, e em um jogo carregado de exagerada rivalidade. Vasco e Fluminense ficaram no 0 a 0 no Maracanã e o confronto que deveria ter levado a campo distintas e interessantes formas de jogar futebol acabou marcado por estresse emocional. Bruno Correia Mota, o rapaz que tinha o apito na boca, perdeu-se diante da pressão e o jogo não passou de mais um deprimente espetáculo que tinha como pano de fundo o pobre e explorado futebol.
A bem da verdade, é desumano culpar o mensageiro quando há anos sabemos que a história se repete em jogo de quem não se afina com os interesses de Rubens Lopes, o presidente da Federação do Rio desde a morte de Eduardo Vianna, em 2006. E não é só com clube A ou B. É com quem não se afina a acordos comerciais ou políticos. Ou não aceita passivamente os “equívocos” dos árbitros formados, treinados e escalados pelo departamento do “fiel” Jorge Rabelo.
Assim: Bebeto de Freitas sofreu na presidência do Botafogo. Maurício Assumpção, não. Peter Siensem e Eduardo Bandeira penaram à frente de Fluminense e Flamengo. Mário Bittencourt e Rodolfo Landim, não. Roberto Dinamite, coitado, foi humilhado quando presidente do Vasco. Eurico Miranda, não. E por aí vai. Aos aliados, tudo. E com os chamados pequenos é a mesma coisa: “dura lex sed lex”. Quem não se afina aos interesses da Federação, acaba padecendo de castigo até mais pesado.
Eurico Miranda (Vasco), Maurício Assumpção (Botafogo), Mário Bittencourt (Fluminense) e Rodolfo Landim (Flamengo) foram e são destaques deste jogo que ocorre nos bastidores. E julgue você se eles fizeram ou fazem bem ou mal ao futebol. Para seus clubes, não duvido. Mas lembro que as quatro instituições já lideraram pífios movimentos que visavam tirar o poder de Rubens Lopes. O que mudou? Os mandatários dos clubes. O da Ferj, aliás, acabou de ser reeleito para outro mandato.
Percebem minha dificuldade em culpabilizar os apitadores – em especial os mais jovens? Porque a luta é mais em cima. E os cartolas não têm moral para levantar suas bandeiras. Ninguém quer perder e ficar com a pecha de chorão. O jogo da Côrte é mais agradável e rentável do que o institucional “contra tudo, e contra todos”. Infelizmente, este custa caro, rende piadas e rotula o perdedor…
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