Homenagens a grandes artistas são uma especialidade da Mangueira, campeã com Braguinha, Dorival Caymmi, Carlos Drummond de Andrade e Maria Bethânia. Nada mais natural, portanto, que uma homenagem a Alcione, personagem histórica da própria escola, rendesse um bom desfile. “A negra voz do amanhã”, dos carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estêvão, contou de forma divertida a vida da cantora desde seu Maranhão natal, passando pelo começo da carreira e chegando à Mangueira do Amanhã, projeto com crianças que comanda na verde-e-rosa.
Respeitando suas cores, a Mangueira veio estrelada – com a esnobação de escalar Maria Bethânia para o tripé da comissão de frente, baixinho, perto do chão –, com várias clones da cantora e artistas amigos, como Elymar Santos e o também maranhense Zeca Baleiro. Fantasias leves e carros de bom gosto (alguns sofreram com pequenas avarias, que podem gerar prejuízo) permitiram aos componentes cantar roubar ao som do samba. Um dos menos falados no pré-carnaval, o hino, puxado por Marquinhos Art’Samba, teve ótimo desempenho na avenida, embalado pela excelente bateria dos jovens mestres Taranta Neto e Rodrigo Explosão. A Mangueira chegou, e é bem possível que volte no sábado.
Créditos: Portal Extra Esportes