Novas imagens de câmeras de vigilância de uma casa em frente à residência do empresário Rogério Saladino (56), localizada no bairro dos Jardins, região nobre de São Paulo, mostram ele atirando e matando a policial Milene Bagalho Estevam (39) depois de confundi-los com suspeitos em uma ocorrência de dezembro do ano passado.
Na ação, além da policial e o empresário, um segurança também morreu.
No vídeo, revelado pelo portal G1, ao qual a CNN também teve acesso, é possível ver os policiais identificados com distintivos indo até a casa do empresário e falando com o segurança Alex Mury (49) pelo interfone. Um relatório da polícia confirma essa versão.
Tiroteio e morte
Depois de irem até a casa do empresário, os policiais ouviram dois disparos e foram para o outro lado da rua, conforme é possível observar nas imagens. Momentos depois, Saladino abre o portão da garagem e ainda agachado dispara na direção dos agentes de segurança.
As imagens mostram que Milene é atingida, tenta se abrigar, mas cai em seguida. Na sequência das imagens, o policial Felipe da Costa, que acompanhava Milene, reage e acerta um disparo no empresário que também cai no chão e morre.
Segundo documento da Polícia Civil, o segurança do empresário, Alex Mury (49), tentou pegar a arma do Saladin que havia caído no chão, mas foi alvejado e também morreu na ação.
Investigação sobre ocorrência
De acordo com a Polícia Civil, os policiais Milene e Felipe, da 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio, vinculada ao Departamento Sobre Investigações Criminais (DEIC), foram destacados para esclarecer uma ocorrência de furto de um carro e uma televisão que havia acontecido contra um vizinho do empresário.
A Polícia Civil já juntou um relatório parcial sobre a ocorrência no inquérito que investiga o caso. O documento destaca que no momento da ação, acontecia uma festa no local.
O laudo também apresenta “substâncias aparentemente entorpecentes”, que foram apreendidas e serão analisadas pela perícia, além de estojos de munições semelhantes às usadas pelo empresário na ocorrência.
Para a polícia, que registrou o caso como homicídio e morte decorrente de intervenção policial, o empresário confundiu os policiais com criminosos que poderiam roubar a casa.
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