Relatores das Nações Unidas exigiram nesta sexta-feira (16) uma investigação sobre as circunstâncias da morte do líder opositor russo Alexei Navalny, incluindo uma autópsia efetuada por peritos independentes e desligados do Estado.
“A morte de Navalny pode constituir uma privação arbitrária
do direito à vida e serve para recordar a drástica deterioração dos direitos
humanos na Rússia”, afirmaram especialistas da ONU em declaração conjunta.
Além disso, recordaram que tinham denunciado em várias
ocasiões que as condições em que Navalny se encontrava detido poderiam
equivaler a tortura e maus-tratos, e que tinham feito apelos urgentes por sua
libertação, tendo em conta a deterioração do seu estado de saúde e a recusa de
cuidados médicos.
“Este não é apenas um momento para expressar condolências,
mas para exigir justiça para Navalny e todos os outros ativistas políticos e
defensores dos direitos humanos na Rússia que foram vítimas de um sistema de
repressão e silenciamento da sociedade civil e da dissidência”, concluíram.
Entre os signatários da declaração, estão a relatora especial da ONU para os direitos humanos na Rússia, Mariana Katzarova; a relatora da proteção dos defensores dos direitos humanos, Mary Lawlor; e a relatora contra a tortura, Alice Jill Edwards.
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