De acordo com a defesa, Gutemberg recebeu as quatro doses na Unidade Pré-Hospitalar Xerém, em Duque de Caxias (RJ), sendo as duas primeiras do laboratório Janssen e duas doses de reforço da Pfizer. A data de uma das doses foi registrada em seu cartão físico de vacinação como fevereiro de 2021, mas a defesa aponta um erro material de redação por parte do técnico vacinador, já que naquele período ainda não havia imunizantes disponíveis para a faixa etária do parlamentar (à época com 42 anos).
Os primeiros lotes de vacina da Janssen só chegaram ao Brasil em junho de 2021.
Na nota, a defesa afirma que Gutemberg até mesmo divulgou em suas redes sociais quando compareceu ao posto de saúde para se imunizar e foi um dos políticos que fizeram campanha pela compra das vacinas contra a covid-19, durante o governo de Jair Bolsonaro.
Investigação concluída
A PF apresentou na terça-feira (19) o relatório final da apuração sobre fraudes em certificados de vacina e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outras 15 pessoas por crimes como inserção de dados falsos e associação criminosa.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes enviou o relatório ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a quem cabe avaliar se há provas suficientes para apresentar denúncia contra os personagens indiciados. Gonet também pode pedir novas diligências para aprofundar algum detalhe ou arquivar o caso.