Forças de segurança encontraram outros rastros, como toalha e uma camiseta, que acreditam ser dos dois homens desaparecidos desde a última quarta-feira Considerados criminosos de alta periculosidade e foragidos desde a última quarta-feira da penitenciária federal de Mossoró, no interior Rio Grande do Norte, os dois homens deixaram alguns rastros pela cidade e seus arredores. Membros da Polícia Federal, Polícia Penal Federal e Polícia Militar encontraram nesta sexta-feira rastros dos fugitivos, como pegadas, uma toalha e uma camiseta deixados na mata.
Rogério da Silva Mendonça, o Querubin, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho escaparam da unidade de segurança máxima na madrugada e, de acordo com relato dos moradores, foram vistos pela região.
De acordo com o 2º Batalhão da Polícia Militar (2 BPM), foram encontradas duas camisas, uma rede e rastros de sapatilhas. As peças são semelhantes as usadas pelos internos do presídio, e foram encontradas nos arredores da Serra Mossoró. A localização é próxima ao Rancho da Caça, onde uma casa foi furtada na manhã da última quinta-feira. Rancho da Caça fica a cerca de 7 km do presídio.
Os foragidos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça
Reprodução
Cerca de 300 homens participam da varredura, em um perímetro delimitado para buscas. Além de três helicópteros, há também drones com visão noturna com capacidade para mapear pontos de calor, e cães farejadores.
O nome dos dois presos foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol (Polícia Internacional), mas as autoridades esperam pegá-los antes que eles saiam do país.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou ontem que a recaptura da dupla aconteceria “em breve”, pois os bandidos estariam “em um raio de 15 quilômetros”.
— É um local de matas, uma zona rural e nós imaginamos que eles ainda estejam homiziados (escondidos) naquela região — disse Lewandowski.
Rebeliões sangrentas no ‘currículo’
Segundo informações contidas nos mais de trinta processos aos quais eles respondem na Justiça, Rogério da Silva Mendonça, o Querubin, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, já participaram de rebeliões sangrentas que terminaram com a decapitação de rivais, incitaram outros presos contra agentes penitenciários, ameaçaram a “execução” de policiais, queimaram colchões e foram encontrados com objetos suspeitos dentro das celas. Deisinho também já trocou de facção e participou de um ataque contra a antiga organização criminosa a que pertencia.
Querubin responde a processos judiciais por homicídio, roubo e tráfico de drogas. Ele tem uma suástica tatuada na mão. Ao todo, foi condenado a 74 anos de prisão.
O Instituto de Administração Penitenciária do Acre também computou ao menos cinco faltas disciplinares por “desobediência” e “desrespeito” a agentes penitenciários. Em um registro, há o relato de que ele “bateu grade e ateou fogo no colchão”.
Ainda no Acre, ele foi flagrado com uma “serrinha”, uma chave de algema artesanal e dois celulares — ele assumiu ser o dono dos objetos. O flagra da “serrinha” o levou a ficar 20 dias em regime de isolamento.
Já Deibson Cabral Nascimento possui sentenças que somam mais de 81 anos de prisão por processos como organização criminosa, tráfico de drogas e latrocínio.
Em 2011, Deisinho e outros dois homens invadiram a casa de uma mulher, roubaram os seus pertences, mataram-na e atearam fogo na residência com o corpo dentro. O caso ocorrido em Rio Branco lhe rendeu a primeira condenação de 28 anos de prisão por roubo seguido de morte.
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