O alargamento da praia de Jurerê, em Florianópolis, já começou a transformar o cenário e a experiência de quem visita um dos balneários mais frequentados da Ilha e um dos mais conhecidos do Brasil. Com a liberação do primeiro trecho concluído, de 610 metros, que se estende do beach club Donna até o costão de Jurerê Internacional, os banhistas já podem desfrutar da faixa de areia maior e mais convidativa, fruto de um amplo projeto da Prefeitura da Capital que visa recuperar a orla e combater a erosão marinha.
Segundo o município, a finalização desta etapa inicial foi concluída na última sexta-feira em apenas uma semana, desde que a draga holandesa Lesse chegou para reforçar os trabalhos na praia.
A liberação dos trechos do balneário em curto prazo é possível porque a dragagem de areia de jazida submarina, que tem até 2,5 metros de profundidade e está localizada a 1.350 metros de distância da orla, tem condições de ser realizada 24 horas por dia.
“Essa é uma obra esperada há muito tempo não só pela comunidade de Jurerê, mas por toda a cidade. Isso, no mundo, é muito usual. Florianópolis é pioneira nisso e tomou a dianteira em nível de Brasil. Essa vai ser mais uma obra de sucesso, pensada para melhorar a qualidade de vida dos moradores da região e para turistas”, afirma o prefeito Topazio Neto.
O governador do Estado, Jorginho Mello, reforça a importância dos trabalhos não apenas para a cidade, mas para o turismo catarinense. “Esse trabalho vai estruturar a praia de Jurerê, como ocorreu em todas as outras que fizeram o engordamento da faixa de areia aqui em Santa Catarina. É uma obra que embeleza e dá mais segurança para quem mora e também para quem nos visita”, ressalta.
Para os moradores do bairro, o alargamento da praia é uma conquista para toda a comunidade. O presidente da AVANTE Jurerê (Associação de Moradores de Jurerê Internacional), Marcelo Cavaggio, comenta que tem acompanhado as obras de recomposição da faixa de areia e entende que é um movimento muito significativo para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da região.
Segundo ele, a mobilização realizada desde o ano passado, ao lado de moradores e lideranças, a exemplo do presidente da AMOJU, Marlucio Bittencourt, e Fernandes Schneider, mostra a força da união em prol de um bem comum.
“É gratificante acompanhar essa ação que foi tão aguardada e necessária para nossa comunidade. O engajamento e a determinação de todos foram fundamentais para tornar esse sonho realidade. Ver a praia ganhando mais vida, por meio de uma faixa de areia que será ocupada por moradores e visitantes, é motivo de grande felicidade para todos nós”, comemora Cavaggio.
Trabalhos continuam avançando pro trechos
De acordo com a A Secretaria de Transportes e Infraestrutura, que conduz os trabalhos, a princípio, a obra sempre será executada desta forma, a cada dois a três dias – é necessário parar temporariamente as operações sempre que aparecem golfinhos na região -, até a finalização total das obras, que está prevista para ocorrer no aniversário da cidade, no dia 23 de março.
A secretaria explica que essa estratégia, de fazer o engordamento por trecho, busca conciliar o andamento das obras com a procura pela praia pelos banhistas durante a alta temporada, além de garantir a segurança da população.
Neste sentido, a prefeitura salienta também a importância de prestar atenção à sinalização local.
Ao todo, deve ser dragado um volume de 491,22 mil metros cúbicos de areia com a mesma coloração e granulatura (dimensão) da que perfaz a praia.
Maior obra de alargamento da Capital
O alargamento da praia de Jurerê é o maior já realizado na cidade, já que a ampliação da faixa de areia vai abranger os seus 3,38 km – tanto da área internacional, quanto da tradicional. A expectativa é a de que, com o alargamento, ela chegue a 40 metros, e se estabilize em 30 metros, após a conformação natural pela maré. Apenas um pequeno trecho de cerca de 50 metros próximo ao costão que faz divisa com Canajurê não será alargado devido ao Rio das Ostras.
As obras contam com as devidas licenças ambientais provisória e de instalação do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina), e autorizações da SPU (Secretaria de Patrimônio da União) e do Instituto do Iphan (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Ao todo, o investimento é de R$24,79 milhões, metade pagos pelo governo do Estado.
Como funciona a dragagem
A dragagem corresponde à escavação de areia do fundo do mar com o auxílio de um tipo especial de embarcação, no caso, a draga autotransportadora de arrasto (tipo Hopper) Lesse. A embarcação é resistente às intempéries, o que significa dizer que atua mesmo em dias de chuva.
O trabalho, efetivamente, funciona assim: após extrair o material, a draga é deslocada até 200 metros da orla – essa distância evita que ela encalhe na areia da praia em si – para ser acoplada a uma tubulação de 450 metros. Mas só a parte da tubulação que flutua sobre a água é que fica posicionada perpendicularmente à praia; o restante da tubulação fica “em terra”, em paralelo à faixa de areia que está sendo alargada. Efetuado o acoplamento, a draga bombeia a areia para transportá-la pela tubulação até o balneário e, na sequência, ela é espalhada por tratores. Sendo que esse processo será repetido quantas vezes for necessário até a conclusão da obra.
Outros alargamentos realizados executados na Capital
A praia de Canasvieiras foi a primeira a ser alargada, obra que foi inaugurada em janeiro de 2020. O balneário teve a faixa de areia aumentada nos 2,34 km entre Canajurê e o trapiche, com um volume de cerca de 400 mil metros cúbicos de areia.
Depois disso, foi feito o engordamento da praia de Ingleses, beneficiando os 2,87 km entre o Canto Sul, onde ficam as dunas, até 500 metros antes da Foz do Rio Capivari. Na obra, entregue em março deste ano, o volume dragado foi de aproximadamente 500 mil metros cúbicos.
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Conforme determina a Lei Municipal nº 10.199, de 27 de março de 2017, a Prefeitura Municipal de Florianópolis informa que a produção deste conteúdo não teve custo, e sua veiculação custou R$2.000,00 reais neste portal.
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