Após um empate sem gols no Mineirão, Rafael brilha pegando dois pênaltis e deu a Supercopa ao tricolor paulista A tarde já seria emblemática, de qualquer forma, para o futebol paulista, que teve seu primeiro clássico com duas torcidas no mesmo estádio desde 2016. No Mineirão, um Choque-Rei de tamanho equilíbrio e tensão no ar não coube em 90 minutos, precisando da disputa de pênaltis para conhecer o campeão da Supercopa Rei do Brasil. Após o empate em 0 a 0 no tempo normal, o São Paulo triunfou sobre o Palmeiras por 4 a 2, consolidando que retornou ao protagonismo no futebol brasileiro.
O primeiro confronto entre rivais na história da competição — em sua sétima edição — foi bastante franco, com momentos de alta voltagem e chances trocadas, principalmente na metade do primeiro tempo e quando o drama se estabeleceu no final do jogo. Porém, na loteria, birlhou a estrela do goleiro Rafael, que se tornou um paredão nas últimas duas cobranças.
O alviverde, campeão brasileiro, acostumado ao grandes palcos desde que Abel Ferreira assumiu o comando, tomou as rédeas em grande atuação de Mayke, substituído nos últimos minutos. Já o tricolor, vencedor da Copa do Brasil, vive seus primeiros momentos na era Thiago Carpini, ainda tentando implementar seu estilo de jogo.
A ansiedade das torcidas por voltar a dividir as arquibancadas com os rivais passou para o campo. Em uma partida nervosa que mostrou jogadores no limite, o árbitro Bráulio da Silva Machado não poupou na hora de distribuindo cartões amarelos.
O Palmeiras exerceu seu característico jogo de marcação pressão e ataques rápidos, sem medo de arriscar, que teve como cartão de visitas um quase voleio de Rony para grande defesa de Rafael. Ele repetiu a dose na segunda etapa, disposto a surpreender com um chute improvável da lateral.
Seu parceiro de ataque, o argentino Flaco López, que substitui Endrick enquanto o jovem está com a seleção brasileira no Pré-Olímpico, desperdiçou uma das melhores chances da partida. Quando surgiu bem pelas costas da defesa e recebeu cruzamento perfeito de Mayke, desperdiçou sua melhor chance no jogo, no início do segundo tempo, finalizando ao lado da rede.
O lateral direito — atuando como ala — teve boa atuação oferecendo assistência defensiva e grande perigo pelo lado, liberado no esquema de Abel que pratica a saída com três zagueiros e solta seus alas. Porém, a mais perigosa veio em uma cabeçada Raphael Veiga, que tem inspiração especial nas decisões pelo alviverde, mas teve uma partia apagada.
Do lado tricolor, Carpini não pôde contar com o machucado Lucas Moura e precisou lançar Nikão de titular. Substituído logo no intervalo, por deixou o meio campo naturalmente um pouco mais pesado, o jogador foi o ponto focal das principais chances tricolores. A equipe chegou menos, no entanto com mais capricho.
Em uma delas, o camisa 43 não conseguiu dominar um lançamento na área. Depois, chutou uma bola desviada que obrigou Weverton a jogar para escanteio. Também triangulou uma boa jogada com Calleri que terminou no pé de Luciano, mas o jogador foi outro a errar um domínio, demorou muito e foi travado por Piquerez.
Quando saiu, o São Paulo só conseguiu chegar em uma falha de Weverton, que quase entregou um gol nos pés de Calleri, mas se redimiu imediatamente com grande defesa. E mesmo se eles tivessem sucesso nestes lances, estavam diante de uma defesa alviverde muito atenta. Principalmente, com o zagueiro Gustavo Gómez, muito atento e perfeito em todos os lances que interveio na área.
Este título é uma abertura oficial para a temporada e não tem o poder para deixar cicatrizes do lado perdedor, nem ilusões para o campeão. Mesmo assim, ficam grandes sinais para um novo trabalho com um promisso treinador, que ganha ainda mais respaldo para seguir crescendo na hierarquia do futebol brasileiro.
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