A ONG Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) denunciou nesta quinta-feira (1º) que o preso político identificado como Adel de la Torre Hernández, que sofre de esquizofrenia, está sendo vítima de abusos perpetrados por autoridades cubanas na prisão, o que está contribuindo para piorar seu quadro de saúde.
Segundo a organização, Adel foi
condenado pelo regime castrista a sete anos de prisão por participar pacificamente
dos protestos realizados em 2021 e não recebe o tratamento médico adequado para
sua condição mental.
A mãe de Adel, cujo nome é Anayl Hernández Collado, pediu solidariedade pelo seu filho e afirmou que ele é frequentemente agredido pelos carcereiros cubanos na prisão. Collado acrescentou também por várias vezes que Adel é inocente e que parte das agressões contra ele ocorrem pelo fato de o mesmo afirmar que é cristão.
“Chegam e perguntam: ‘Você é o
cristão?’ E mandam bater nele, três ou quatro pessoas. Inclusive, queriam que
meu filho tirasse a própria vida. Diziam: ‘Você é cristão? Se mate para ver se
o seu Deus te salva’, todas essas barbaridades”, afirmou ela ao OCDH.
A ONG lembrou que o caso de Adel
é mais um entre os vários outros casos de presos políticos que sofrem
tratamentos cruéis nas cadeias cubanas. A organização lembrou que as Regras
Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento dos Reclusos (Regras Nelson
Mandela) estabelecem que o Estado tem a responsabilidade de dar serviços
médicos aos presos.
“A situação dos prisioneiros por
motivos políticos e de consciência é tão grave, que se tornou humanitária. Além
das terríveis condições carcerárias, eles suportam o assédio e o abuso de poder
por parte dos carcereiros e da polícia política”, declarou o OCDH.
A ONG reiterou que o regime de
Havana deve atender o pedido de anistia, apresentado recentemente pelos
familiares e apoiado por centenas de cidadãos, ou aplicar, de maneira urgente,
qualquer uma das outras vias legais que tem para libertar ou excarcerar todos
os presos políticos.
“O ministro das Relações Exteriores [do regime cubano], Bruno Rodríguez Parilla, dispõe da documentação precisa dessas vias, que lhe foi enviada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos [CIDH] no início de janeiro, e do requerimento de diversas instituições internacionais para sua implementação, no caso de existir a vontade política requerida e o humanismo que a situação de presos e familiares exige”, aponta a ONG em seu site.
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