O caso ocorreu em 11 de fevereiro do ano passado e causou comoção no país. Ghey, que tinha 16 anos, foi esfaqueada 28 vezes, segundo o jornal britânico The Guardian e a AFP, na cabeça, no pescoço, no peito e nas costas com uma faca de caça. O crime ocorreu em um parque em Warrington, perto de Liverpool, noroeste da Inglaterra, onde morava. Na época, os agressores tinham 15 anos.
Durante as quatro semanas de julgamento, os dois adolescentes culparam um ao outro pelo assassinato, até que ambos foram finalmente condenados em dezembro. Dias depois, Jenkinson admitiu pela primeira vez a um psiquiatra que havia esfaqueado Ghey, afirmou a promotora Deanna Heer ao tribunal, citada pela AFP. A agressora confessou ter “pegado a faca” de seu amigo Ratcliffe, que não conhecia a vítima antes do assassinato.
— Tenho momentos em que sinto pena deles, porque eles também arruinaram suas próprias vidas, mas devo lembrar que eles não sentiram empatia por Brianna quando a deixaram sangrando até a morte […], que foi realizada não porque Brianna tivesse feito algo errado, mas apenas porque um odiava pessoas trans e a outra achou que seria divertido. — desabafou a mãe, citada pelo jornal britânico.
Os jovens, até então identificados como “Boy Y” e “Girl X”, teriam crescido em famílias consideradas estáveis. Segundo o jornal britânico, eles se conheceram aos 11 anos, em uma escola em Warrington, e continuaram amigos mesmo após a mudança de Jenkinson para outra instituição. Foi nessa outra escola que a agressora conheceu Ghey.
A dupla elaborou uma “lista de mortes”, que incluía outros quatro jovens: um considerado “nonce” (gíria britânica para “estúpido” ou “inútil”) por Ratcliffe, um garoto considerado um rival amoroso por ele e dois meninos que teriam sido maus com o namorado de Jenkinson. Mas, Brianna Ghey teve a “infelicidade” de fazer amizade com a agressora, que ficou “obcecada” por ela, segundo os promotores.
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