Um relatório apontou que um míssil balístico da Coreia do
Norte utilizado no mês passado pela Rússia na guerra contra a Ucrânia possuía componentes
de empresas dos Estados Unidos e da Europa.
No estudo, feito pela organização investigativa britânica Pesquisas
sobre Armamentos em Conflitos (CAR, na sigla em inglês), foram analisados 290
componentes de fragmentos de um míssil balístico norte-coreano recuperados em
janeiro em Kharkiv, no leste da Ucrânia.
A análise, cujos resultados foram adiantados pela emissora americana
CNN, apontou que 75% dos componentes eram dos Estados Unidos. Outros 16% eram
de empresas sediadas na Europa e apenas 9% de companhias da Ásia.
Segundo a CNN, tais componentes faziam parte principalmente do
sistema de navegação do míssil e foram identificados como sendo fabricados por
empresas sediadas nos Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Holanda,
Singapura, Suíça e Taiwan.
A CAR não divulgou os nomes das empresas, pois alegou que não
há provas de que tenham vendido diretamente as peças para a Coreia do Norte,
que provavelmente teve acesso a elas por meio de distribuidores internacionais.
Em 2022, o governo dos Estados Unidos havia criado um grupo
de trabalho para investigar como componentes de empresas do Ocidente foram
utilizados em drones do Irã usados pela Rússia na guerra contra a Ucrânia.
Entretanto, ainda não divulgou resultados.
Nesta terça-feira (20), o Conselho de Segurança Nacional americano não quis fazer comentários sobre o relatório da CAR e sobre as investigações do grupo de trabalho.
Créditos Portal Gazeta do Povo. Leia no Site original Clicando Aqui