O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abderrahman Al Thani, mediador na guerra na Faixa de Gaza, disseram nesta segunda-feira (29) que houve progresso em direção a um acordo entre Israel e os terroristas do Hamas sobre uma trégua e a libertação de reféns.
O premiê do Catar se reuniu em Washington com o chefe da diplomacia americana um dia depois de participar de uma reunião, em Paris, com os chefes dos serviços de inteligência israelenses, americanos e egípcios em busca de um acordo.
“Acho que estamos em uma posição muito melhor agora do que estávamos semanas atrás”, disse Thani durante discurso no think tank Atlantic Council, após concluir a reunião com Blinken.
O primeiro-ministro catariano explicou que houve o que chamou de “bom progresso” em Paris, onde foi articulada uma proposta de trégua e libertação de reféns, que o Catar levará ao Hamas na esperança de que ele responda de maneira “positiva e construtiva”.
Thani explicou que seu papel é obter “uma solução negociada que permitisse o retorno seguro dos reféns a suas casas e interrompesse o bombardeio e a morte de civis na Faixa de Gaza”.
Em entrevista coletiva posterior, Blinken disse que o trabalho realizado nas negociações de Paris é “importante e esperançoso”, enfatizando que agora cabe ao Hamas “tomar uma decisão”.
“Acho que a proposta que está sobre a mesa, que é compartilhada por agentes importantes como Israel, mas também pelos mediadores de Catar e Egito, é uma proposta forte e convincente e oferece esperança”, declarou.
Blinken também afirmou que a libertação dos reféns é uma das maiores prioridades dos EUA, já que cidadãos americanos estão entre os sequestrados.
Israel e Hamas chegaram a uma trégua de uma semana entre 24 e 30 de novembro, que interrompeu os combates e permitiu a troca de 105 reféns, incluindo estrangeiros, pela libertação de 240 prisioneiros palestinos, algo que não se repetiu desde então.
O grupo terrorista palestino exige agora um “cessar-fogo permanente” em troca da libertação dos reféns restantes, algo que o governo israelense disse não estar disposto a aceitar.
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