31 pessoas, entre civis e militares, foram presas na Venezuela
desde maio de 2023 por supostamente estarem envolvidas em cinco planos de
“conspiração” que incluíam uma suposta tentativa de assassinato do ditador
do país, Nicolás Maduro, e ataques a instalações militares, informou nesta
segunda-feira (22) o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, que é
ligado ao chavismo.
Saab alega que existe uma “conspiração contínua” na
Venezuela, que foi descoberta pela Justiça do país, e acusa os detidos de terem
cometidos crimes como traição, terrorismo, conspiração, divulgação de segredos
militares e tentativa de homicídio intencional.
Em pronunciamento, o procurador-geral venezuelano previu mais prisões e lembrou que as autoridades estão procurando outras 11 pessoas supostamente envolvidas nesses planos, entre elas jornalistas, militares aposentados e especialistas em direitos humanos, todos opositores do regime de Maduro.
Saab diz que quatro das cinco conspirações foram detectadas em
2023 e outra em 1º de janeiro, quando a intenção seria atacar uma base militar
no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, e, em seguida, atentar
contra a vida do governador dessa região, o chavista Freddy Bernal, e o próprio
Maduro.
O procurador-geral identificou todos os presos e procurados com
nomes e sobrenomes e mostrou dois supostos depoimentos dos detidos que
implicavam líderes da oposição venezuelana e a Agência Central de Inteligência
(CIA) dos Estados Unidos nesses planos.
“Haverá novas prisões porque há grupos que se autodenominam
políticos da oposição, mas pertencem à pior ‘extrema direita nazifascista’ de
todo o hemisfério ocidental […] Essa oposição nem sequer é política, é
terrorista”, disse Saab.
O procurador-geral afirmou que os capturados operavam em Bogotá, capital da Colômbia, junto com membros da Agência Antidrogas dos EUA (DEA) e dos serviços de inteligência colombianos.
Maduro é acusado por diversas organizações de direitos humanos, venezuelanas e internacionais, de perseguir e torturar opositores, bem como de usar o aparato estatal para silenciar dissidentes. O regime chavista também é acusado pelas autoridades americanas de se beneficiar do narcotráfico internacional. Maduro, inclusive, ainda está na lista de procurados dos EUA. (Com Agência EFE)
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