O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, comparou novamente nesta sexta-feira (19) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao Führer da Alemanha nazista, Adolf Hitler, e lamentou que o Ocidente não tenha intervindo na guerra na Faixa de Gaza.
“Os países ocidentais e as instituições internacionais de segurança perderam toda a credibilidade, foram reprovados no teste em Gaza”, disse o mandatário turco, afirmando que eles já haviam perdido muito prestígio por não terem conseguido impedir massacres no Iraque, Bósnia, Síria, Iêmen, Mianmar, Somália e Afeganistão.
“Aqueles que distribuem cartilhas de direitos humanos e liberdades à esquerda e à direita não viram as crianças, bebês e mulheres assassinados de forma selvagem nesses 105 dias de guerra, nem deram um único passo para impedir a opressão”, afirmou.
“Simplesmente observam as barbaridades do genocídio contra o povo palestino por parte do ‘Führer’ de nossos dias, Netanyahu, e sua equipe sanguinária”, acusou Erdogan, que já havia comparado o premiê israelense a Hitler em dezembro.
Erdogan também fez um paralelo entre “campos de concentração nazistas” e as cenas de militares israelenses reunindo prisioneiros palestinos seminus em um centro esportivo.
A Turquia é um aliado histórico de Israel e, após dois períodos de ruptura na última década, os dois países restabeleceram relações diplomáticas plenas no ano passado. Mas desde o ataque terrorista do Hamas a Israel no dia 7 de outubro, ocasião na qual 1.200 pessoas foram mortas e mais de 200 sequestradas, Erdogan denunciou a resposta israelense de bombardeio maciço da Faixa de Gaza como um “crime de guerra”.
Israel então retirou sua embaixadora de Ancara em outubro, e agora os ataques verbais de ambos os lados são frequentes.
Na segunda-feira (15), o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, chamou o mandatário turco de “nazista total” e pediu um boicote à Turquia. Ele fez a declaração depois que um jogador de futebol israelense de um clube turco foi preso por lembrar os 100 dias do ataque terrorista do Hamas, de uma forma que muitos na Turquia interpretaram como uma celebração da guerra.
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