A oficina de Aparecida de Goiânia (GO) onde a BMW encontrada com quatro jovens mortos em Balneário Camboriú foi modificada está sendo investigada pela Polícia Civil. Os funcionários da mesma podem ser indiciados pelas modificações, mas a defesa alega ter sido um serviço terceirizado.
A causa das mortes já foi confirmada pela guarnição: eles foram intoxicados por monóxido de carbono, que vazou para dentro do veículo. Esse incidente pode ter sido contribuído pelas customizações, que mexeram no escapamento do motor e teriam impedido que o gás fosse disperso.
De acordo com David Soares, advogado do dono da oficina, o estabelecimento terceiriza muitos de seus serviços, ou seja, nem tudo é feito diretamente pelos colaboradores. Este teria sido o caso das modificações na BMW.
Junto a isso, a defesa afirma que a oficina, cujo nome está em sigilo, tem experiência e a segurança necessária para realizar os procedimentos. “É uma empresa com mais de 11 anos de mercado”, pontua David.
“A última vez que atendeu ao cliente do caso foi a mais de sete meses”, continua o advogado. “Pedi formalmente o cancelamento da oitiva para tomar conhecimento dos autos do inquérito, da perícia”, complementa, referindo-se ao depoimento marcado com o dono para esta segunda-feira (15).
O pedido do adiamento da audiência seria para analisar a relação da perícia com o trabalho feito na BMW, visto que foi um serviço realizado a mais de sete meses. Além da terceirização, a defesa também trabalha com a relação, ou não, das alterações em Goiás com o acidente.
O carro não foi customizado somente em Aparecida de Goiânia, tendo passado por outras oficinas. Um dos argumentos de defesa é o tempo da modificação com o acidente, relativamente longo.
Coletiva divulgou resultados de perícia em caso de mortes em BMW
Na última sexta-feira (12), uma coletiva de imprensa foi realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Florianópolis, para divulgar informações sobre o caso e resultados das perícias.
A coletiva teve a participação de representantes da secretaria, das Polícias Científica e Civil, e da Superintendência de Urgência e Emergência da Secretaria da Saúde. Os corpos não apresentavam lesões traumáticas, o que descartou nas investigações a ação de terceiros.
Além disso, os exames do setor de Toxicologia Forense negaram a presença de entorpecentes, venenos e bebidas alcoólicas nas vítimas. Da mesma forma, não foram identificadas drogas no veículo e nem sinais de violência.
Os exames de carboxihemoglobina, no entanto, apontaram níveis fatais de monóxido de carbono. Em três dos jovens, a presença da substância era superior a 50%, e na quarta vítima ficou entre 49% e 50%. Desta forma, ficou confirmada a asfixia por monóxido de carbono.
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