Dados do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi) apontam que 308 mortes foram registradas em território Yanomami em 2023, ante 343 do ano anterior.
O número representa uma redução de 10% em relação ao de 2022. Influenza (gripe), doenças por protozoários e destruição, ainda são as principiais causas de mortes dos yanomamis.
Em 20 de janeiro do ano passado, o governo federal declarou situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional diante da crise sanitária e humanitária instalada no território indígena. Ao longo de 2023 diversas operações foram realizadas.
Entre as ações do Ministério da Saúde no território Yanomami destacam-se a ampliação do número de profissionais em atuação no território; a e realização de testes em massa e busca ativa para detecção de malária; a criação dos primeiros Centros de Recuperação Nutricional na Casai e no Polo Base Surucucu; e a contratação de 22 nutricionistas e uso de 5 toneladas de fórmulas nutricionais com apoio da Unicef.
Por outro lado as forças de segurança atuaram de forma ostensiva pra retirar dos invasores da terra indígena.
Em dezembro do ano passado a Justiça Federal em Roraima determinou a criação de um novo cronograma de ações na região. Isso porque, conforme uma denúncia do Ministério Público Federal, a partir do segundo semestre de 2023 houve um “retrocesso” das ações mediante o retorno de não indígenas para o local para atividades ilícitas de exploração mineral.
De acordo com o MPF, novamente os relatos eram de aliciamento, prostituição, incentivo ao consumo de drogas e de bebidas alcoólicas e até estupro de indígenas por parte dos garimpeiros.
Nos dia 9 de janeiro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um encontro com ministros e representantes do governo para debater a questão da Terra Indígena Yanomami, com o intuito de fazer um balanço do que foi realizado em 2023 e traçar novas políticas públicas de assistência.
Para 2024, estão previstas ações estruturantes a partir de um investimento de R$ 1,2 bilhão e a presença permanente da Policia Federal e das Forcas Armadas na região.
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