O presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, foi reeleito para um segundo mandato depois de conseguir mais de 73% dos votos em uma pesquisa de 20 de dezembro, disse a comissão eleitoral do país, chamada de Ceni, neste domingo (31).
A declaração do resultado surge após dias de reclamações da oposição sobre a forma como as eleições foram conduzidas.
Revezes logísticos, um dia de eleição adiado e uma contagem de votos opaca alimentaram uma disputa que ameaça desestabilizar ainda mais um país aproximadamente o tamanho da Europa Ocidental, que é o maior produtor mundial de cobalto e outras commodities industriais valiosas.
Ao anunciar os resultados na capital Kinshasa, Denis Kadima, chefe da Ceni, disse que Tshisekedi obteve cerca de 13 milhões dos mais de 18 milhões de votos válidos, acrescentando que a participação no pleito foi superior a 43%.
Os aplausos irromperam dos apoiadores de Tshisekedi presentes na declaração depois de Kadima ter anunciado que Tshisekedi foi eleito provisoriamente.
Falando a centenas de pessoas que se reuniram na sede da sua campanha após o anúncio, Tshisekedi, acompanhado por sua esposa e pela mãe, agradeceu aos apoiadores e prometeu acelerar os programas durante o seu segundo mandato para combater as desigualdades.
“Vocês acreditaram no meu compromisso de não poupar esforços para que o nosso país retome o seu lugar de direito e para que o povo congolês recupere o orgulho e a dignidade de pertencer a este país”, disse.
“Você acreditou na minha luta contra as desigualdades que há muito caracterizam nossa sociedade,” prosseguiu.
Partidos políticos rivais têm dois dias para contestar o resultado da eleição no Tribunal Constitucional. A Corte terá então sete dias para decidir o caso e proclamar o resultado final.
O líder da oposição, Moise Katumbi, que ficou em segundo lugar com 18% dos votos, já descartou a contestação legal dos resultados, citando uma suposta falta de independência das instituições estatais.
Outros candidatos da oposição não esclareceram se irão contestar os resultados.
Mais cedo neste domingo, um grupo de nove candidatos presidenciais da oposição, incluindo Katumbi, e seis líderes de partidos políticos pediram aos apoiadores que saíssem às ruas para protestar após a divulgação dos resultados provisórios.
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